noNeste grande "baú" (blog) de memórias há muitas estrelas que brilham e muitas que também brilharão ainda nesse céu que se chama Lugar de Montão - Oliveira do Douro - Cinfães. Também as que infelizmente já perderam o brilho mas que ainda aquecem o nosso coração. Para todas essas estrelas, estrelinhas, constelações, etc... aqui fica o meu apreço!!! Sónia Reis <3
Maria de Lurdes Campelo de Sousa Rodrigues
disse...
Emocionei-me até às lágrimas, porque não pensava que, ao entrar hoje, neste blogue, depararia com o homem mais lindo do mundo, o meu marido. Apesar da sua idade, 82 anos, e da doença de que tem sido alvo, ele sabe, pois tem a cabeça muito "fresquinha", que, desde há 39 anos eu lhe tenho demonstrado com amor o quanto ele é grande para mim e a prioridade que ocupa na minha vida. Procuro ser uma mulher presente desde renunciar, por ele, aos passeios e às festas da minha escola, dos quais todos os meus colegas participam, até ao impedimento de não poder fazer férias. Não sei o que isso é, desde 1998, altura em que ficou mais limitado, quer ao nível da fala, quer ao nível do andar. Mas, até agora, nunca me revoltei com as contravoltas e inversões de marcha que a vida dá. Aliás, sinto-me feliz, porque por uma razão maior, as outras razões não têm sentido. Contudo, não me é lícito, a mim, destacar as minhas qualidades, se é que as tenho, porque ninguém é bom juíz em causa própria. Analisem-me os que convivem ou os que têm alguma proximidade comigo. Meu marido está aqui ao meu lado. Acabei de ler-lhe o que escrevi e chorámos os dois com amor um pelo outro.
Maria de Lurdes Campelo de Sousa Rodrigues
disse...
Depois de ter priorizado o comentário meu marido relativamente aos outros quero, de seguida, saudar-te, Sónia Reis, visto que há muitos anos perdi o teu rasto e, não imaginaria que fosse aqui, o nosso ponto de encontro. Cada um de nós seguiu novas direcções e é pena que em rumos diferentes, não nos reencontremos. Mas, ditoso espaço este que possibilita reencontros. É bom, querida, apareceres por aqui. Pode ser um meio para sabermos uns dos outros, já que fisicamente é mais difícil. Lembro-me muito bem de ti e do teu irmão Rui, bem como várias vezes recordo a tua mãe, questionando-me: o que será feito da Fernanda? Espero que a sua vida, depois de alguma "libertação", tenha melhorado substancialmente, de modo a que tenha tido ainda tempo de ser feliz. Agora, quero também felicitar-te pela forma como escreves e o sentido tão profundo e poético que imprimes à tua escrita. Não me surpeendes quanto a isso, pois, quem bem lê, é porque muito lê; e se muito lê, muito bem escreve. Os livros, como sabes, são um manancial rico, que alimenta a nossa cultura e onde se semeia e colhe muitos ensinamentos que constroem grandes histórias. A esse propósito, não esqueço a altura da tua adolescência, quando fazias as leituras na missa de Montão e eu ficava boquiaberta com o que transmitias e com vontade de ouvir mais, porque tocáva-me o coração suscitando mesmo dentro de mim um certo preenchimento. Posso dizer-te que muito poucas pessoas no país estarão à tua altura, a não ser que te tenhas "estragado" muito! Não me desiludas, Sónia! Recordo que comentei muitas vezes com minha mãe, que nunca tinha ouvido ler ninguém como tu, com tanta doçura, tanta segurança e tão boa pontuação. E olha que eu sou muito esquisita e exigente nesse aspecto! Saio a ela, que além de não ter uma cultura certificada, era muito sábia e dava conta do menor deslize de quem lia. Perspicaz MÃE! Por isso, minha estrelinha, não deixes de iluminar aqueles que, não sabendo ler como tu, também nada fazem para ser melhores leitores. Por fim, quero agradecer-te a divulgação deste blogue e as tuas frequentes visitas nele. Não é pelo facto de o meu irmão ter muito a ver com ele, embora me orgulhe da sua capacidade, mas sim pela razão soberana de fazer chegar o mais longe possivel as pessoas e os espaços da nossa terra. Diz à tua mãe, uma vez que quer saber de mim, que eu cá vou lutando, vivendo um dia de cada vez, sem grandes projectos, porque a incerteza de que novos episódios de doença me possam acontecer, não me dão paz absoluta. Dizer que me deito sem medos, é o mesmo que acordar com eles. Isto significa que não consigo abster-me deles. O que ainda não aconteceu, mas que pode reacontecer é um sufoco indescritível. Bem sei que não se deve sofrer por antecipação, porque há sempre tempo de viver a circunstância, mas o que já vivi tem muito peso e, por isso, é mais fácil dar conselhos aos outros do que alicá-los a si próprio. Enquanto desfruto da vida, mesmo não sendo ela de todo confortável, vou pelo menos agradecendo a Deus o que me tem concedido até ao momento e, depois, vou alimentando a esperança de que Ele não me deixará partir, deixando cá o meu marido. Depois disso... a viagem tem que ser feita!... Ia despedir-me, mas não o farei sem perguntar se já casaste, se tens filhos, se trabalhas, o que faz a tua mãe, se sabes do teu irmão, se tens saúde, etc. Diz, se entenderes, alguma coisa, porque sei pouco de vós e, agora, que está aberta esta janela para podermos comunicar, não devemos fazer do silêncio uma ponte por onde nunca mais passemos. Pronto, vou deixar aqui beijinhos para todos e votos de que o lugar de Montão e as pessoas que mais nos dizem ou já disseram, nunca morram no nosso coração. Lurdes
Maria de Lurdes Campelo de Sousa Rodrigues
disse...
Ora, então, sendo neta do falecido Sr. Fabiano de Vila Nova e da sua mulher Palmira, pessoas que não me são estranhas, porque as conheci bem, presumo que sejas uma filha do Quim ou do Fernando, uma vez que nunca ouvi dizer que o Ângelo tenho tido filhos. É saudável que a gente nova de quem, por vezes, se pensa que é uma geração desligada de tudo e de todos, tenha esta atitude: a de amar a terra onde nasceu apesar de viver algures, certamente onde há melhores condições e outros modos de vida. Gostaria de saber o teu nome, porque o do comentário(Vinhos Florido Calheiros) é tão abstracto que não me dá margem para um comentário muito intenso. No entanto, quero dizer-te que admiro os filhos da terra que mesmo à distância curtem muito amor por ela. Continua assim. Lurdes
Querida D. Lurdes, li a sua mensagem junto com a minha mãe e emocionei-me ao ver que ainda se lembra de mim e com que imagem tão linda!!! Sabe que eu me orgulhava de ler na míssa porque assim despertava o olhar orgulhoso de muita gente da minha família, mas sinceramente nunca pensei que tivesse tanto apreço por me ouvir. Não me "estraguei" continuo a ler, muito embora não o faça muitas vezes. A minha vida mudou um pouco, tenho uma filha que está prestes a fazer 3 anos, trabalho muito perto do seu irmão Neca e vou levando uma vida muito mais calma do que "noutros tempos". A minha mãe tem um café na Trofa perto da localidade onde mora o seu irmão Neca, e está a levar uma vida normal e é feliz. O meu irmão mora em Rio Tinto, trabalha por conta própria e vai ser pai de um rapaz no fim deste ano. A minha irmã mais nova está no último ano da faculdade de Desporto, também trabalha em part-time e ainda é a única que está solteira. Gostava muito que nos pudessemos encontrar um dia para conversarmos e matarmos saudades que ficam sempre no nosso coração. Queria dizer-lhe que admiro a sua força nesta luta desigual e pedir-lhe que nunca deixe de lutar e acreditar que um dia tudo pode melhorar. Se a vontade de Deus é que continue por cá é porque ELE ainda tem uma missão para si, quanto mais não seja alegrar os corações de quem lê e ouve as suas palavras. Se quiser um contacto mais pessoal (e-mail) o seu irmão pode-lho fornecer e depois assim eu lhe darei o nr. de telefone da minha mãe e o meu. Beijinhos com muito carinho, Sónia e Fernanda Reis
Sou a filha mais velha do Fernando,um grande atleta... Era eu que ia tomar conta do seu marido, mas engravidei e casei-me já ñ me foi possível poder fazê-lo... Sou a Ana,estudei na Escola Sec.Prof.DR.Flávio Resende até à 3 anos atrás... Bjs para si com mt admiração pela sua pessoa.... Vinhos Florido Calheiros é a marca do Vinho que eu o meu marido e o meu sogro comercializamos....
Olá. Passei, num pequeno momento livre de uma madrugada sem sono, só para deixar o testemunho de um casal belo em união de companheirismo verdadeiro, apoio, carinho que ternura... Um beijo aos dois com o sentimento que vão cabe nas palavras!
10 comentários:
noNeste grande "baú" (blog) de memórias há muitas estrelas que brilham e muitas que também brilharão ainda nesse céu que se chama Lugar de Montão - Oliveira do Douro - Cinfães.
Também as que infelizmente já perderam o brilho mas que ainda aquecem o nosso coração.
Para todas essas estrelas, estrelinhas, constelações, etc... aqui fica o meu apreço!!!
Sónia Reis <3
Como eu conheço tão bem essa linda terra nasci mais abaixo um bocadinho em Vila Nova sou neta do falecido Fabiano Ramos....
Emocionei-me até às lágrimas, porque não pensava que, ao entrar hoje, neste blogue, depararia com o homem mais lindo do mundo, o meu marido. Apesar da sua idade, 82 anos, e da doença de que tem sido alvo, ele sabe, pois tem a cabeça muito "fresquinha", que, desde há 39 anos eu lhe tenho demonstrado com amor o quanto ele é grande para mim e a prioridade que ocupa na minha vida. Procuro ser uma mulher presente desde renunciar, por ele, aos passeios e às festas da minha escola, dos quais todos os meus colegas participam, até ao impedimento de não poder fazer férias. Não sei o que isso é, desde 1998, altura em que ficou mais limitado, quer ao nível da fala, quer ao nível do andar. Mas, até agora, nunca me revoltei com as contravoltas e inversões de marcha que a vida dá. Aliás, sinto-me feliz, porque por uma razão maior, as outras razões não têm sentido. Contudo, não me é lícito, a mim, destacar as minhas qualidades, se é que as tenho, porque ninguém é bom juíz em causa própria. Analisem-me os que convivem ou os que têm alguma proximidade comigo.
Meu marido está aqui ao meu lado. Acabei de ler-lhe o que escrevi e chorámos os dois com amor um pelo outro.
Depois de ter priorizado o comentário meu marido relativamente aos outros quero, de seguida, saudar-te, Sónia Reis, visto que há muitos anos perdi o teu rasto e, não imaginaria que fosse aqui, o nosso ponto de encontro. Cada um de nós seguiu novas direcções e é pena que em rumos diferentes, não nos reencontremos. Mas, ditoso espaço este que possibilita reencontros. É bom, querida, apareceres por aqui. Pode ser um meio para sabermos uns dos outros, já que fisicamente é mais difícil. Lembro-me muito bem de ti e do teu irmão Rui, bem como várias vezes recordo a tua mãe, questionando-me: o que será feito da Fernanda?
Espero que a sua vida, depois de alguma "libertação", tenha melhorado substancialmente, de modo a que tenha tido ainda tempo de ser feliz.
Agora, quero também felicitar-te pela forma como escreves e o sentido tão profundo e poético que imprimes à tua escrita. Não me surpeendes quanto a isso, pois, quem bem lê, é porque muito lê; e se muito lê, muito bem escreve. Os livros, como sabes, são um manancial rico, que alimenta a nossa cultura e onde se semeia e colhe muitos ensinamentos que constroem grandes histórias.
A esse propósito, não esqueço a altura da tua adolescência, quando fazias as leituras na missa de Montão e eu ficava boquiaberta com o que transmitias e com vontade de ouvir mais, porque tocáva-me o coração suscitando mesmo dentro de mim um certo preenchimento. Posso dizer-te que muito poucas pessoas no país estarão à tua altura, a não ser que te tenhas "estragado" muito! Não me desiludas, Sónia! Recordo que comentei muitas vezes com minha mãe, que nunca tinha ouvido ler ninguém como tu, com tanta doçura, tanta segurança e tão boa pontuação. E olha que eu sou muito esquisita e exigente nesse aspecto! Saio a ela, que além de não ter uma cultura certificada, era muito sábia e dava conta do menor deslize de quem lia. Perspicaz MÃE!
Por isso, minha estrelinha, não deixes de iluminar aqueles que, não sabendo ler como tu, também nada fazem para ser melhores leitores.
Por fim, quero agradecer-te a divulgação deste blogue e as tuas frequentes visitas nele. Não é pelo facto de o meu irmão ter muito a ver com ele, embora me orgulhe da sua capacidade, mas sim pela razão soberana de fazer chegar o mais longe possivel as pessoas e os espaços da nossa terra.
Diz à tua mãe, uma vez que quer saber de mim, que eu cá vou lutando, vivendo um dia de cada vez, sem grandes projectos, porque a incerteza de que novos episódios de doença me possam acontecer, não me dão paz absoluta. Dizer que me deito sem medos, é o mesmo que acordar com eles. Isto significa que não consigo abster-me deles. O que ainda não aconteceu, mas que pode reacontecer é um sufoco indescritível. Bem sei que não se deve sofrer por antecipação, porque há sempre tempo de viver a circunstância, mas o que já vivi tem muito peso e, por isso, é mais fácil dar conselhos aos outros do que alicá-los a si próprio.
Enquanto desfruto da vida, mesmo não sendo ela de todo confortável, vou pelo menos agradecendo a Deus o que me tem concedido até ao momento e, depois, vou alimentando a esperança de que Ele não me deixará partir, deixando cá o meu marido. Depois disso... a viagem tem que ser feita!...
Ia despedir-me, mas não o farei sem perguntar se já casaste, se tens filhos, se trabalhas, o que faz a tua mãe, se sabes do teu irmão, se tens saúde, etc.
Diz, se entenderes, alguma coisa, porque sei pouco de vós e, agora, que está aberta esta janela para podermos comunicar, não devemos fazer do silêncio uma ponte por onde nunca mais passemos. Pronto, vou deixar aqui beijinhos para todos e votos de que o lugar de Montão e as pessoas que mais nos dizem ou já disseram, nunca morram no nosso coração.
Lurdes
Ora, então, sendo neta do falecido Sr. Fabiano de Vila Nova e da sua mulher Palmira, pessoas que não me são estranhas, porque as conheci bem, presumo que sejas uma filha do Quim ou do Fernando, uma vez que nunca ouvi dizer que o Ângelo tenho tido filhos.
É saudável que a gente nova de quem, por vezes, se pensa que é uma geração desligada de tudo e de todos, tenha esta atitude: a de amar a terra onde nasceu apesar de viver algures, certamente onde há melhores condições e outros modos de vida.
Gostaria de saber o teu nome, porque o do comentário(Vinhos Florido Calheiros) é tão abstracto que não me dá margem para um comentário muito intenso. No entanto, quero dizer-te que admiro os filhos da terra que mesmo à distância curtem muito amor por ela.
Continua assim.
Lurdes
Querida D. Lurdes, li a sua mensagem junto com a minha mãe e emocionei-me ao ver que ainda se lembra de mim e com que imagem tão linda!!!
Sabe que eu me orgulhava de ler na míssa porque assim despertava o olhar orgulhoso de muita gente da minha família, mas sinceramente nunca pensei que tivesse tanto apreço por me ouvir. Não me "estraguei" continuo a ler, muito embora não o faça muitas vezes.
A minha vida mudou um pouco, tenho uma filha que está prestes a fazer 3 anos, trabalho muito perto do seu irmão Neca e vou levando uma vida muito mais calma do que "noutros tempos".
A minha mãe tem um café na Trofa perto da localidade onde mora o seu irmão Neca, e está a levar uma vida normal e é feliz.
O meu irmão mora em Rio Tinto, trabalha por conta própria e vai ser pai de um rapaz no fim deste ano.
A minha irmã mais nova está no último ano da faculdade de Desporto, também trabalha em part-time e ainda é a única que está solteira.
Gostava muito que nos pudessemos encontrar um dia para conversarmos e matarmos saudades que ficam sempre no nosso coração.
Queria dizer-lhe que admiro a sua força nesta luta desigual e pedir-lhe que nunca deixe de lutar e acreditar que um dia tudo pode melhorar. Se a vontade de Deus é que continue por cá é porque ELE ainda tem uma missão para si, quanto mais não seja alegrar os corações de quem lê e ouve as suas palavras.
Se quiser um contacto mais pessoal (e-mail) o seu irmão pode-lho fornecer e depois assim eu lhe darei o nr. de telefone da minha mãe e o meu.
Beijinhos com muito carinho,
Sónia e Fernanda Reis
Sou a filha mais velha do Fernando,um grande atleta...
Era eu que ia tomar conta do seu marido, mas engravidei e casei-me já ñ me foi possível poder fazê-lo...
Sou a Ana,estudei na Escola Sec.Prof.DR.Flávio Resende até à 3 anos atrás...
Bjs para si com mt admiração pela sua pessoa....
Vinhos Florido Calheiros é a marca do Vinho que eu o meu marido e o meu sogro comercializamos....
Gostava de saber se os vinhos Florido Calheiros são verdes ou maduros !
Obrigado pela participação no Blog.
Vinho Verde, aguardente e mel...
Participei no blog porque Montão é uma terra que me é muito conhecida e tem pessoas muito simples mas muito adoráveis
Olá. Passei, num pequeno momento livre de uma madrugada sem sono, só para deixar o testemunho de um casal belo em união de companheirismo verdadeiro, apoio, carinho que ternura... Um beijo aos dois com o sentimento que vão cabe nas palavras!
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