Mensagem de um velhinho

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Personagens de Montão



4 comentários:

Maria de Lurdes Campelo de Sousa Rodrigues disse...

Esperava que filhos, noras ou netos deste Senhor tivessem alguma coisa a dizer-lhe antes de mim.
Mas em função do silêncio que até agora fizeram, sou levada a pensar três coisas: ou não sabem lidar com a internet, ou não têm computador em casa ou não sabem escrever!... Oh! que disparate. Quem é que, nos dias de hoje, está privado das novas tecnologias e não sabe manuseá-las? Não aceito desculpas "esfarrapadas", porque até os mais pequeninos sabem e têm o computador Magalhães, se já não tiverem outros, quanto mais os adultos, que consomem actualmente mais do que um telemóvel e um, dois ou mais computadores. Se não for por outro meio, através das novas oportunidades, toda a gente os adquire. Chegou-se ao cúmulo de, na mesma cas, haver vários. Crise? só nos bolsos de alguns.
Nos de outros, nunca se consumiu tanto e tão superfluamente!
Mas, também sei, isso é verdade, que a família mais próxima deste Homem não precisa deste espaço para demonstrar-lhe o quanto ele é importante para si. Porém, vejamos as coisas de outro modo: se houvesse pessoas X ou Y que o aproveitassem para denegrirem a imagem do pai, sogro ou avô, será que esta família ficaria feliz com a ideia? Senão, porque é que neste mesmo espaço não se dizem coisas boas acerca das pessoas que amamos? Porventura é vergonhoso dizermos-lhe palavras bonitas? Não há tempo para isso? E tanto se perde a discutir "balelas" ou a fazer mal aos outros! Eu costumo dizer, e já o disse aqui noutras ocasiões, que, quando temos o coração cheio,é só pegar na caneta e escrever, não custa nada.
Mas, é a fotografia do Almerindo que suscitou o meu comentário aqui. Quase me apetece dizer que é o único primo que tenho da parte do meu pai. Contudo, corrijo já esse erro, porque afinal ainda me restam, três primas, filhas do meu tio Inácio: A Maria Felismina, a Maria Alcina e a Maria Carminda. Penso que estão todas vivas, embora o meu contacto e o dos meus irmãos com elas quase que se esgota no esquecimento, pois há muito tempo que não sabemos delas!...
Assim, com quem estamos mais vezes ou telefonamos é com o Almerindo. É um bom rapaz e penso que no geral todo o povo de Montão gosta dele. Nasceu e cresceu ali. Por isso, os mais velhos estimam-no e os mais novos não devem ter razões para substimá-lo, digo eu.
Tive eu e os meus irmãos, desde sempre, uma ligação maior com ele, porque ficou sempre na terra, do que com as outras primas que, desde muito cedo, foram para o Porto e, até hoje, por lá ficaram. A casa restaurada dos seus falecidos pais em Montão coube-lhes como herança. Não sei se vão lá muitas ou algumas vezes, visto que, desde há oito anos, moro em Cinfães.
Deixo eu e em nome dos meus irmãos um beijinho familiar ao meu primo e primas e, se de alguma forma espreitarem este blogue ou souberem através de alguém que ele existe, saibam que os laços de sangue que nos une é a razão maior para nos querermos bem.
Da vossa prima - Lurdes

Ricardo J Campelo Silva disse...

O "Tio Almerindo"... quantas diabruras este senhor aturou de mim e dos seus filhos ( que eu desencaminhava e desviava das tarefas do campo) em tantos verões...
Um excelente homem, uma excelente pessoa, um excelente pai e chefe de família. Um exemplo de trabalho, paciência, rectidão e honestidade.
Há muito tempo que não o vejo, pois desde o falecimento do meu avô Francisco Campelo, raras vezes voltei a esta linda terra.
Se algum dia ler estas palavras, aqui fica o meu sentido abraço, com todo o respeito que sempre me mereceu.

Maria de Lurdes Campelo de Sousa disse...

Fiquei muito contente, Ricardo, por te encontrar aqui, a enaltecer o nome do primo Almerindo que eu muito admiro e estimo. Nada, do que dizes sobre ele, é exagerado ou inventado, porque, efectivamente, ele tem todos esses atributos.
Ficará orgulhoso certamente, quando eu lhe telefonar e disser aquilo que pensas dele. Julgo que e família não ficarão indiferentes aos teus elogios e pode ser que ainda acrescentem outros que só eles conhecem e não foram por ti emumerados.
Olha, Ricardo, apesar de não visitares Montão como dizes, se calhar, porque o preenchimento da tua vida ou pelas razões que só tu sabes não to permitem, vejo que não esqueces esse lugar, bem como as pessoas e as tropelias que fizeste, durante o tempo em que não tinhas ocupações responsáveis, mas tinhas muita imaginação!...
Não sei se já casaste ou vives alguma relação com alguém, se tens filhos, mas independentemente da situação que tiveres, desejo do coração que estejas bem. Lembro-me perfeitamente de ti, da tua irmã Dália e dos teus pais. Ainda me pertences "pela rama", porque a tua visavó, Deolinda, era prima da minha mãe por afinidade. Por isso, estamos em família e nem de propósito temos o sobrenome comum -Campelo.
Deixo um abraço a todos.

Ricardo J Campelo Silva disse...

Também me lembro perfeitamente de si Lurdes, até porque participei num "cortejo" que organizou em Montão, do qual guardo muito boas recordações.
Desde o falecimento do mau avô Francisco (cujo aniversário seria hoje, pois nasceu a 1 de Dezembro), que poucas vezes voltei a Montão, e felizmente a minha avó Maria Alina, visita-me com muita frequência em Lisboa.
Neste momento não estou casado pois divorciei-me há 10 anos atrás.
Trabalho como técnico de Informática para a HP, e divido a minha vida entre o trabalho, a música (toco em várias bandas , nas quais sou também compositor), o desporto, e a leitura e escrita, para além das coisas normais do dia-a-dia, como a família e as amizades.
Vejo que a Lurdes continua com a vivacidade e o espírito positivo e dinâmico de que tão bem me recordo, e fico feliz por ver que o tempo não alterou isso.
Os melhores cumprimentos a si e aos seus.