Mensagem de um velhinho

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Apanha de Uvas Mouriscas !


3 comentários:

Maria de Lurdes Campelo de Sousa disse...

Duas Emílias, duas famílias e dois testemunhos de vida. Dois nomes iguais mas diferentes, porque uma é Maria e outa não. A Emília Delfina Pereirinha,a da direita, é minha prima e comadre. É mãe de 11 filhos e tem uma forma de ser e de estar na vida absolutamente invejável. É meiga, desinteressada, amiga e confidente. Gosto muito dela.
A Maria Emília de Jesus, viúva de Maurício Pereira, é minha prima por afinidade. Tem uma descendência menos numerosa do que a outra, apenas 5 filhos, mas é também boa mulher. Ora aí estão elas a posar para a fotografia. Se calhar, se estivessem a contar com ela, não ficariam tão bem!
Ao lado de ambas, está a minha irmã mais velha, afeiçoada, humana e serena que é, a Maria Hermínia, que olha para a ramada com preocupação, não vá cair o Constantino que anda apanhar as uvas mouriscas.
Vale a pena recordar pessoas e vê-las neste cantinho.
Um beijino paraa todos.

JORGE MACHADO disse...

Palavras mais sinceras, alguma vez mais tinha lido, essa e a grande verdade,quando comecei a ler tive vontade de chorar .
para que se saiba quem as escreveu e de quem escreve vou fazer passar este bloog a maior quantidade de pessoas possivel. pois uma das pessoas que e referida neste texto e minha..MAE..OBRIGADA PRIMA.

Maria de Lurdes Campelo de Sousa Rodrigues disse...

Jorge, com o aparecimento das novas tecnologia,temos a certeza de que não há tempo limite nem lugar específico para nos reencontrarmos, porque concretamente na área da internet, quando menos pensamos, ficamos contactáveis e podemos solidificar laços de amizade ou alimentar relações familiares. Depois de tantos anos sem falar contigo,porque as circunstâncias da vida levou cada qual para o seu lado, eis que tenho hoje oportunidade para me dirigir a ti, embora pela tua mãe, aliás ainda hoje falei com ela pelo telefone, eu vá sabendo de cada um de vós.
Ora então, eu que pensava que tu o mais novo de uma geração numerosa, eras o filho menos atento às qualidades da tua mãe. Não me perguntes porquê, mas era a impressão que eu tinha de ti, dou contigo a exprimir por palavras e sentimentos o quanto ela representa para ti, quase que não resistindo às lágrimas, dizes tu no teu comentário.
Sabes, Jorge, o meu irmão, o Neca, que por sinal é o autor deste blogue tinha, pensava eu, uma forma de ser parecida com a tua, ou seja, sentia as coisas a seu modo e não as expressava de forma muito intensa, de modo que, às vezes, parecia muito desligado das pessoas. Mas afinal, é tão agarrado a elas| Percebi isso aquando da doença da minha mãe e, sobretudo, após a morte dela, porque ainda digerimos a sua "ida" e não nos habituamos à sua falta.
Por isso, valorizar a mãe que tu tens é muito mais do que um dever, é um direito que ela tem, porque te gerou, porque te educou, porque te aconselhou, porque chorou e rezou por ti, mas também porque te amou e amará sempre.
Eu tenho pela tua mãe uma grande estima e admiração, não me canso de dizer isto sempre que vem a propósito. Acho-a uma mulher muito sã e digna. Pode-se-lhe confiar um segredo, porque nenhum curioso(a) conseguirá "agarrar o começo para chegar ao fim".
Enquanto vivi em Montão, várias vezes nos juntámos, ou na casa dela ou na minha, havia sempre um tempinho para falarmos de nós.
Tens uma grande mãe. Não tenhas vergonha de lhe demonstrar o teu afecto, através das palavras, da presença... enfim, por meio de algum gesto que seja a expressão máxima do teu amor por ela. Não é preciso ser nada material.
Tu, como pai, com o tempo, vais perceber que sentir o amor dos teus filhos tem um sabor especial. E, quando eles forem mais crescidos e tu, claramente, mais velhinho, tanto mais necessidade vais ter que eles te falem ao coração.
Deixo-te um abraço do meu marido e um beijinho para ti, Paula e filhos.
Tens este espaço aberto para irmos conversando. O difícil foi descobri-lo. Depois disso, é só comentar e publicar.
Aproveito para desejar-vos um Bom Natal e, se ainda fumares, olha, que seja um propósito para cumprir no próximo ano, uma vez que ano novo... vida nova.