Mensagem de um velhinho

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Montão não esquece este Homem !


Para retribuir os comentários feitos pela Lurdes Reis e Cristina Reis aqui vos deixo mais uma fotografia do vosso pai e avô !!!
Um olhar tão distante e tão presente !!!

4 comentários:

Cris disse...

Muito, muito obrigado!! È sem duvida um enorme orgulho ver que o meu avô é tao querido por toda a gente! Tambem só podia ser é o meu avô!!!! (risos)

Maria de Lurdes Campelo de Sousa Rodrigues disse...

Quem conviveu, como eu, com o Sr. José dos Reis, não o pode esquecer nunca. A sua maneira de ser e de estar na vida, fazem dele uma referência que ficará para a posteridade, porque há-de passar, de geração em geração, a notícia do Homem, do cristão, do amigo que foi na terra, na igreja e por onde quer passou.
Com um cunho tão pessoal de conversar, pois fazia-o tão pausadamente, mas dizendo sempre o que sentia, independentemente de agradar ou não a quem o ouvia, retenho, na memória, as lições de vida que transmitiu e o respeito com que todos o tratavam.
Ele era como que um mandatário do povo de Montão para tratar de assuntos tão específicos como: rogar para funerais, fazer peditórios por grandes causas, ir às repartições públicas em nome das pessoas enlutadas, tirar certidões de óbito, enfim, foi, enquanto pode, um homem generoso e disponível, sempre ao serviço dos outros.
Um homem bem disposto e "maroto", um cristão sem respeitos humanos, com um vozeirão, a cantar na missa(sozinho) no meio das mulheres, porque não se inibia, junto de quem quer que fosse, de testemunhar a fé que professava. Esse Homem não foi indiferente aos que comungavam com ele do mesmo ideal religioso, assim como foi respeitado também por outros que, não sendo praticantes, o ouviam com respeito e sem picardias.
A esse admirável Homem presto a minha homenagem e agradeço-lhe vivamente as visitas que me fez, tantas vezes apoiado pelas canadianas, a quando da minha doença.
Obrigada e um abraço meu e do Cassiano.

Sónia Reis disse...

Depois do comentário da D. Lurdes só me resta dizer que é por estes feitos e por milhares de outros que o meu avô é o nosso ídolo e o nosso orgulho.
Lembro-me perfeitamente de o ver a dançar descalço nas romarias, de o ver com toda a sua devoção na missa, do orgulho que ele sentia quando eu ia ler na missa, de tantas coisas que estaria aqui tempo infinito e se calhar esquecia-me de muitas.
Lembro-me de ser o meu avô o primeiro a saber quando eu ia aos bailes a Vila Nova (ainda estava a por o pé lá dentro e já o meu avô em casa sabia que eu lá estava!!!), mas se eu pudesse repetiria de novo tudo até à milésima...
Farei questão que a minha filha conheça todas as histórias que ele me contava à lareira (que eu depois relembrava quando ia dormir e já não dormia) e também que ela tenha o mesmo orgulho nele que eu tenho!!!

Ricardo J Campelo Silva disse...

Tio Reis... por mais palavras que usasse, nunca chegariam para expressar tudo...
Sempre me reconheceu mal me via, por muito diferente que estivesse o meu visual, por muitos anos que passassem...
Sempre teve uma palavra sábia para dar, uma história para contar, sempre com aquele sorriso enorme e radioso.
Muita coisa haveria para dizer, mas um episódio marcou-me mesmo muito... aquando do funeral do meu avô Francisco Campelo, eu tentei fazer-me de forte, e tentei não verter uma lágrima que fosse em público, e quando me escapuli para trás da capela para estar um pouco sozinho, o Tio Reis seguiu-me, e chegando ao pé de mim abraçou-me, e disse-me "Podes chorar, não é vergonha nenhuma. Eu sei como gostavas dele e como ele gostava de ti."... e foi ali, no ombro do Tio Reis que eu chorei todas a lágrimas que tinha estado a conter...
O meu avô Francisco faria anos hoje...
A ele, e ao meu querido Tio Reis, aqui deixo a minha sentida e sincera homenagem.