Não me atrevo a generalizar o mediocre profissionalismo dos médicos, enfermeiros e auxiliares de acção médica, porque neste universo de profissionais, há os que prestam serviço aos doentes, dando-se e há os que se servem dos doentes para arranjarem emprego. Assim, o que faz a diferença não é o dinheiro que se ganha à custa dos doentes, mas são os "ganhos" que se obtêm pela dedicação, pelo zelo e pelo amor a eles e que se traduzem no preenchimento da vida de quem cumpre religiosamente o seu dever. Todo o trabalho dos profissionais de saúde descontextualizado da humanização a que todos os doentes têm direito não eleva nem promove os que o fazem. Bem pelo contrário, deve-lhes causar alguma inquietude na consciência e descompensação profissional. Por isso, não é de estranhar que em certas Unidades de Saúde se assista, de vez em quando, a episódios verbais e a atitudes decisoras pouco felizes, porque os que falam e decidem de duas uma: ou têm muita saúde graças a Deus ou, então, não têm família doente. Mas o pior é se o feitiço se vira contra o feiticeiro, ou seja, se esses profissionais de saúde passam a ser doentes também!...
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Não me atrevo a generalizar o mediocre profissionalismo dos médicos, enfermeiros e auxiliares de acção médica, porque neste universo de profissionais, há os que prestam serviço aos doentes, dando-se e há os que se servem dos doentes para arranjarem emprego. Assim, o que faz a diferença não é o dinheiro que se ganha à custa dos doentes, mas são os "ganhos" que se obtêm pela dedicação, pelo zelo e pelo amor a eles e que se traduzem no preenchimento da vida de quem cumpre religiosamente o seu dever. Todo o trabalho dos profissionais de saúde descontextualizado da humanização a que todos os doentes têm direito não eleva nem promove os que o fazem. Bem pelo contrário, deve-lhes causar alguma inquietude na consciência e descompensação profissional.
Por isso, não é de estranhar que em certas Unidades de Saúde se assista, de vez em quando, a episódios verbais e a atitudes decisoras pouco felizes, porque os que falam e decidem de duas uma: ou têm muita saúde graças a Deus ou, então, não têm família doente.
Mas o pior é se o feitiço se vira contra o feiticeiro, ou seja, se esses profissionais de saúde passam a ser doentes também!...
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