Mensagem de um velhinho

sábado, 24 de janeiro de 2009

ESCOLA DE MONTÃO


1 comentário:

Anónimo disse...

Faz pouco sentido a criação de um espaço escolar, quando crianças não nascem em número suficiente que justifiquem este tipo de contruções, podendo o dinheiro investido nelas ser canalizado para outros fins. Porque se foram projectadas e concretizadas essas obras nas respectivas povoações, com o fim de estimularem e suscitarem a natalidade, desenganem-se os que apostaram nelas, porque há cada menos nascimentos.
Eu sou do tempo em que os alunos dos dois povos: Montão e Vila-Nova se juntavam na mesma escola para aprender à luz da memória e do raciocínio. Nessa altura era assim: decorava-se a História, Geografia, Gramática, etc, e... pensava-se matematicamente, senão a régua e a cana funcionavam como "instrumentos complemantares do ensino"! Como se a aprendizagem tivesse que passar pelos castigos!
Havia de ser hoje! Com o desrespeito, a indisciplina, a agressividade e o abuso que grassam nas nossas escolas, se as regras actuais do ensino fossem as que se impunham há cerca de seis dezenas ou mais de anos, então, seriam mais os professores aleijados por esse país afora do que os alunos punidos.
O sistema de ensino que temos é equivalente à justiça dos homens que se pratica em Portugal: os que ensinam, perdem a razão e os alunos ganham traquejo, para voltarem a fazer mais e pior. Quanto aos que julgam, por vezes, não condenam e se o fazem, os condenados, na cadeia, quando podem "dão às de vila diogo", ou, então, portam-se muito bem e com as atenuantes decorrentes disso, vêm mais cedo cá para fora e repetem os mesmos ou outros erros.
Portanto, as gerações das escolas de ontem, prepararam os homens que honraram a família e a sociedade. As gerações actual e futura, honrarão quem e o quê?
Quem sobreviver à crise de valores a que assistimos, que conte o resto desta história, porque este narrador já não estará cá.