Nunca se agrada a todos. Há os que gostam de nós e há os que não nos suportam. Mas até Deus, enquanto Homem, teve os que O seguiram e os que O mataram. Por isso mesmo, nós, os mortais seres humanos, também não fugimos à regra nem ao senso comum - temos amigos e inimigos. Mas, não raras vezes, aqueles que nos criticam e detestam fazem-no, porque não são capazes de se colocarem ao serviço dos outros; porque não são capazes de, silenciosamente, abrir mão do que lhes faz falta para suprir necessidades alheias; porque não são capazes de rezar num rítmo quantificável e universal; porque não são capazes de pedir para os outros sem, dessa atitude, esperar reconhecimento social; porque não são capazes de convicta e publicamente provar, por obras, a fé que professam. Mas esse rosto e esse olhar tristes e apagados que traduzem marcas de uma solidão indizível, merecem a minha admiração, o meu carinho e o meu comentário. Foi, e eu sei do que estou a falar,o expoente máximo da generosidade! Defeitos? Certamente que os teve! Mas, quem não tiver pecados, que lhe atire a primeira pedra. Partilhei com esta mulher muito do meu tempo, fui sua confidente, ouvi-a mais do que falei e tantas vezes tomou parte das nossas refeições!... Ah! também a contestei, devido à divergência das nossas ideias e opiniões. Mas, se fiz eu o que devia, devia eu o que fiz. Obrigada, prima Laurinda, pelo exemplo que me deste. Diariamente me lembro de ti.
2 comentários:
Nunca se agrada a todos. Há os que gostam de nós e há os que não nos suportam. Mas até Deus, enquanto Homem, teve os que O seguiram e os que O mataram. Por isso mesmo, nós, os mortais seres humanos, também não fugimos à regra nem ao senso comum - temos amigos e inimigos.
Mas, não raras vezes, aqueles que nos criticam e detestam fazem-no, porque não são capazes de se colocarem ao serviço dos outros; porque não são capazes de, silenciosamente, abrir mão do que lhes faz falta para suprir necessidades alheias; porque não são capazes de rezar num rítmo quantificável e universal; porque não são capazes de pedir para os outros sem, dessa atitude, esperar reconhecimento social; porque não são capazes de convicta e publicamente provar, por obras, a fé que professam.
Mas esse rosto e esse olhar tristes e apagados que traduzem marcas de uma solidão indizível, merecem a minha admiração, o meu carinho e o meu comentário.
Foi, e eu sei do que estou a falar,o expoente máximo da generosidade!
Defeitos? Certamente que os teve!
Mas, quem não tiver pecados, que lhe atire a primeira pedra.
Partilhei com esta mulher muito do meu tempo, fui sua confidente, ouvi-a mais do que falei e tantas vezes tomou parte das nossas refeições!...
Ah! também a contestei, devido à divergência das nossas ideias e opiniões.
Mas, se fiz eu o que devia, devia eu o que fiz.
Obrigada, prima Laurinda, pelo exemplo que me deste.
Diariamente me lembro de ti.
A minha tia-avó!!!
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