Ah! se me lembro! Era por entre e atrás dos seus ramos que nos íamos "fazer a nossa vida" com o recato e a dignidade que essa necessidade fisiológica impunha. Eu sou do tempo em que se tinha vergonha de tudo e de todos e, por isso, havia que honrar a nossa privacidade. Foi na vida da escola que aprendi a escola da vida, que passou indiscutivelmente, pelo início e crescimento da minha cultura, mas também, pelas marcas indeléveis que daí trouxe e que não cicatrizarão enquanto eu viver, nomeadamente: castigos delegados pelo professor nos nossos colegas, para através de uma régua ou uma cana, extravasarem a sua vingança nos deslizes da tabuada e de matérias afins. Restam-me boas lembranças,é verdade, mas não posso nem devo omitir aqui o que de pior existiu nesse período áureo da minha infância, em que as crinças já tinham o direito a uma educação escolar sem medo e com tolerância, onde o amor e o respeito entre o mestre e o aprendiz se revelassem reciprocamente.
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Ah! se me lembro! Era por entre e atrás dos seus ramos que nos íamos "fazer a nossa vida" com o recato e a dignidade que essa necessidade fisiológica impunha. Eu sou do tempo em que se tinha vergonha de tudo e de todos e, por isso, havia que honrar a nossa privacidade.
Foi na vida da escola que aprendi a escola da vida, que passou indiscutivelmente, pelo início e crescimento da minha cultura, mas também, pelas marcas indeléveis que daí trouxe e que não cicatrizarão enquanto eu viver, nomeadamente: castigos delegados pelo professor nos nossos colegas, para através de uma régua ou uma cana, extravasarem a sua vingança nos deslizes da tabuada e de matérias afins.
Restam-me boas lembranças,é verdade, mas não posso nem devo omitir aqui o que de pior existiu nesse período áureo da minha infância, em que as crinças já tinham o direito a uma educação escolar sem medo e com tolerância, onde o amor e o respeito entre o mestre e o aprendiz se revelassem reciprocamente.
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