A saudade que eu sinto dos meus tempos de criança não há palavras que a consigam descrever !
Não pela distância dos anos passados, mas sim pelo desaparecimento fisico e irreparavel daqueles e daquelas que dentro desta casa viveram e foram a origem da minha existência !!!
1 comentário:
Não é, de todo, da casa de Montão que eu sinto saudade, uma vez que tenho melhores condições naquela em que moro. Mas é, como dizes e bem, meu irmão, das pessoas especiais que aí viveram: meus avós, minha mãe, e minha madrinha.
Quem ler este comentário, para além de ti, achará, no mínimo, estranho, de eu não falar do meu pai. Mas eu explico:
Quando ele faleceu era eu pequenina. Tão pequenina, que nem o conheci. No entanto, não quero dizer que não gostaria de ter crescido com ele por perto. Mas, na verdade, as pessoas que mais me disseram na vida porque convivi com elas e senti o seu afecto, foram as que acima mencionei.
Não preciso de me reportar ao passado para lembrá-las. Estão dentro de mim e rezo por elas.
Quanto prezo os que, manifestamente, comungam dos meus sentimentos, sobretudo tu, Neca, que me parecias tão desligado das pessoas, mas que tantas vezes e tão bem exprimes o que sentes por elas.
Comparo-te a uma caixinha de surprezas. Nunca se sabe o que contém! E tu, meu querido irmão, também me surpreendes com gestos, atitudes e decisões.
Ninguém imaginaria, nem eu, que num dia de Páscoa, tão cedo, viesses com a tua família à casa de Montão fazer memória dos costumes que em tempos praticavam os nossos entes queridos - receber o compasso.
És o meu orgulho e o daqueles que, porventura, do lugar onde estão tenham assistido a esse evento Pascal.
Beijinhos e que Deus vos abençõe.
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