Mensagem de um velhinho

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Paisagens de Chambelho







Quem não se lembra do Penedo da Graça ?



Cinquenta anos depois, ou seja no dia 10-06-2011, tive a felicidade de acompanhado pelo meu irmão Angelo, voltar a ir pisar os montes de Chambelho, e ir contemplar uma vez mais a beleza do inconfundivel e inesquecivel Penedo da Graça que em criança muita vez trepei, matando as saudades dos Cabecinhos, Rechães, Fonte do Fojo, Pedrinha e Rechães do Filipe.



O dito Penedo da Graça encontra-se situado entre os Rechães, Tapada do Cuco e o Monte Grande. Lamento não saber contar a história que deu origem ao nome com que baptizaram este penedo, dando-lhe por alguma razão que eu desconheço mas que gostava de conhecer o nome de PENEDO DA GRAÇA !



Foi sem duvida um dia inesquecivel, foi um saciar de saudades, um reviver dos meus tempos de criança, voltar a sentir aquela liberdade que só consegue entender aqueles que em outras epocas a viveram, e por isso ficará para sempre gravado no meu livro de memórias.



Eu sempre sonhei um dia voltar a Chambelho, fotografar todos aqueles montes, aqueles sitios onde em criança brinquei!



Podem tirar-me tudo, podem destruir todos os meus sonhos, mas já nada nem ninguem destruirá este sonho que eu realizei com a companhia do meu irmão Angelo.



1 comentário:

Maria de Lurdes Campelo de Sousa Rodrigues disse...

Só comenta chambelho aqueles que o calcorrearam como nós e ainda sentem no coração o sabor acre das dificuldades desse tempo!!! Com a modesta merenda, o calor ou o frio, o medo dos lobos ou de outra bicharada, para lá subiram as crianças de então que, hoje homens e mulheres são. A obediência à nossa mãe impunha que se cumprisse essa "fado" diário e, no regresso a casa, convinha trazer um molho à cabeça ou as costas, porque as lojas da toira e das ovelhas precisavam de mato e a loja da lenha tinha de ser reabastecida.
Apesar de ser uma infância dolorosa comparada com a facilidade com que vivem as crianças de hoje, nós éramos felizes. Porque não conhecíamos outro conforto, também não o desejávamos. Era outro tempo!!!
e cinquenta ou sessenta anos depois ainda temos a certeza de que fomos suficientemente amados.