Mensagem de um velhinho

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Hoje é dia do teu Aniversário Mãe Querida !


Mãe:

Tantas coisas que eu te queria dizer hoje !

Tantas coisas que eu dixei de te dizer !

Tantas coisas que eu jamais te direi querida Mãe !!!

1 comentário:

Maria de Lurdes Campelo de Sousa Rodrigues disse...

Dia 1 de Maio!
Neste ano de 2011 tem um duplo significado: dia do trabalhador e dia da mãe. Mas muito mais do que comemorar as lutas dos trabalhadores do passado e do presente, contra a injustiça social, é celebrar o dia da mãe. Por isso evoco a minha, não para lhe dizer as coisas que nunca lhe disse, porque essas, oh! nunca mais lhas direi fisicamente, mas para rezar por ela e mesmo que sobre a oração eu deixe cair minhas lágrimas, não se me impõe a obrigação de não chorar, pois o choro é a expressão maior da saudade. Assim, sempre que choro pela minha mãe reforço o meu equilíbrio emocional e, na ausência dela, não tenho outra forma de lhe revelar o meu amor, senão esta.
Fiquei sem a "âncora" que me segurou, que me apoiou e que levou com todos os desgostos que a minha doença grave e a dos meus irmãos provocou no coração dela!!!
Amei-a sempre e continuo a amá-la na tal dimensão desconhecida de que já tenho falado algumas vezes e, se em algum momento a entristeci com o meu modo temperamental de dizer as coisas, nunca o fiz por desrespeito ou menosprezo por ela. A minha mãe foi o maior tesouro que encontrei, porque me concebeu, porque me ensinou, porque me compreendeu, porque me aconselhou, porque me incutiu princípios e valores, porque me lembrou muitas vezes a esperança que não podia nem devia perder, porque verdadeira e incondicionalmente me amou e que daria a vida por mim ou pelos meus irmãos, se essa exigência lhe tivesse sido pedida em algum momento.
Há pouco tempo ouvi dizer ao Nicolau Brainer, no Program "Alta Definição" da SIC, que a nossa maioridade não começa aos 18 anos ou 21, mas atinge-se, quando a mãe vai "embora". Partilho da sua opinião, pois, a partir do dia em que uma mãe morre, cada filho que ela cá deixa tem de se conduzir sozinho e de saber gerir a sua própria vida e a mão amiga e maternal que o conduzia, desprendeu-se definitivamente.
Só me arrependo-me da metade dos beijos que te dei, o mãe, porque pensei que ainda tos pudesse duplicar ou triplicar se a tua vida tivesse sido mais longa. Mas como a imprevisibilidade da vida passa rasteiras, fiquei sem tempo para quantificar todos esses beijos a que tinhas direito.
Ajoelho neste dia e nesta hora diante da tua fotografia, peço- te perdão e rogo a Deus que estejas em paz.
Tua filha - Lurdes