Maria de Lurdes Campelo de Sousa Rodrigues
disse...
Os anos não perdoam e, por muito que queiramos iludir os outros ou a nos próprios, os cabelos brancos, as rugas, as manchas da pele, os olhos mais pequenos e a curvatura da cervical que mostramos, são a prova provada de que o nosso tempo declina sem dó nem piedade. Então, se assim é, deveríamos todos, aproveitar ao máximo o tempo presente para renovar os nossos afectos, junto daqueles que amamos. Num ápice a vida acaba. E, depois, podemos recordá-los, mas não podemos amá-los fisicamente. As minhas tias, as únicas que tenho da parte do meu pai, já velhinhas, apáticas à vida que outrora geriram com vigor, alegria e sacrifício, perdidas no vazio do seu olhar, vão esperando, calmamente, que a sua missão "cá em baixo" se cumpra. Estando eu tão perto delas e, simultâneamente, tão longe pelos condicionalismos a que estou sujeita, quero dizer-lhes que as amo e que não podendo visitá-las, tenho-as no meu coração. Um grande beijinho meu e do Cassiano.
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Os anos não perdoam e, por muito que queiramos iludir os outros ou a nos próprios, os cabelos brancos, as rugas, as manchas da pele, os olhos mais pequenos e a curvatura da cervical que mostramos, são a prova provada de que o nosso tempo declina sem dó nem piedade.
Então, se assim é, deveríamos todos, aproveitar ao máximo o tempo presente para renovar os nossos afectos, junto daqueles que amamos. Num ápice a vida acaba. E, depois, podemos recordá-los, mas não podemos amá-los fisicamente.
As minhas tias, as únicas que tenho da parte do meu pai, já velhinhas, apáticas à vida que outrora geriram com vigor, alegria e sacrifício, perdidas no vazio do seu olhar, vão esperando, calmamente, que a sua missão "cá em baixo" se cumpra.
Estando eu tão perto delas e, simultâneamente, tão longe pelos condicionalismos a que estou sujeita, quero dizer-lhes que as amo e que não podendo visitá-las, tenho-as no meu coração.
Um grande beijinho meu e do Cassiano.
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